domingo, 1 de março de 2009

As vozes não se calam.

A luz do dia continua sua eterna caminhada pela face da terceira terra, indiferente à explosão de formas e cores a seu redor. Indiferente à importancia de sua própria existencia. 

E as vozes não se calam.

Mas, mesmo a luz sublime e eterna, possui uma escuridão perene, intrínseca e avassaladora. A cada infinito passo da luz sobre o solo, uma pegada sombria é deixada para tráz. Cada ato, por mais simples e dispensável que pareça, gera uma sombra, um eco, uma ondulação.

A vozes se tornam sussuros.

Tavez chegue o dia em que as sombras, relegadas a ser apenas a ausencia da luz, realmente se tornem algo real, complexto e composto. Talvez chegue o dia em que essas sombras finalmente encubra a luz, e mergulhe a realidade na escuridão eterna.

O sussuros se calam.



Mas as lembranças permanecem.